Pretende-se,neste blog, não só evidenciar a beleza que nos rodeia como, ainda,chamar a atenção para pormenores que, normalmente, passam despercebidos

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pataniscas Douradas (A Abóbora)

A Abóbora, fruto da aboboreira, Cucurbita spp., planta hortícola, rasteira,  da família das cucurbitáceas, tal como a melancia, o melão, o chuchu (fruto existente nas Ilhas e muito abundante na Ilha da Madeira) e o pepino. Originária da América, era parte substancial da base da alimentação das civilizações Olmeca, que posteriormente foi absorvida pelas civilizações Asteca, Inca e Maia.
A abóbora é rica em vitamina A que também fornece vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo, e possui poucas calorias, é de fácil digestão.
O suco extraído das flores é bom para o estômago (estomáquico), sendo também usado, externamente, para dor de ouvido.
As suas folhas e flores pisadas (amassadas, espremidas, socadas - até virar uma pasta) são usadas em fricções para tratar a erisipela, uma inflamação aguda da pele que provoca seu enrubescimento.
As suas sementes, fonte de ferro e fósforo e ricas em potássio, magnésio e zinco,  são vermífugas (contra vermes), mas de efeito lento. Usar as sementes trituradas em forma de suco contra a febre e inflamações das vias urinárias.
A polpa, cozida, actua como emoliente (que alivia as dores de uma superfície interna e irritada). 
A sua flor é utilizada para elaborar deliciosos pratos. Experimentem as "pataniscas com flor de abóbora". Bom apetite.
Brown Eyes
Montanha

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pão dos Pobres (Batateira)

Batateira ou Semilha (Arquipélago da Madeira), (Solanum tuberosum), é um vegetal perene da família das solanáceas, conhecida na Europa no século XVI, trazida pelos Espanhóis das colónias da América do Sul de onde é originária, cultivada em todo o mundo pelos seus tubérculos comestíveis. Foi, primeiramente, o aspecto decorativo das suas flores que cativaram os Europeus sendo o seu tubérculo olhado desconfiadamente e utilizado, apenas, para alimentar o gado. No entanto, numa altura de fome, começaram a experimentá-lo na sua alimentação. Actualmente há mais de três mil variedades de batata.
Este alimento é muito versátil, verdadeiro “Pão dos Pobres”, rico em amido (fécula), vitaminas e sais minerais, com o potássio à cabeça (de 250 a 500 mg por cada 100 g). Tratando-se de uma solanácea vivaz todas as partes verdes da planta são tóxicas, sendo o fruto, (pequena baga arredondada) a parte mais venenosa.
A melhor maneira de consumir a batata é através da cozedura a vapor ou assada. Deve ser comida com casca, dado que é na pele e na periferia do tubérculo que se encontram os sais minerais e as vitaminas. Contudo, a fervura faz com que perca uma boa parte das vitaminas, pelo que há quem recomende ralá-la em cru, misturando-a, a seguir, nas sopas. Convém extirpar sempre as partes verdes e os “olhos”, ou seja, os pontos onde irão brotar os grelos, porque é aí que se concentra a solanina (alcalóide).
Na saúde ela tem várias utilidades. Cozida é dos melhores remédios para combater a acidez estomacal, dado que alcaliniza o organismo. Excelente, também, para ao ácido úrico e  todas as formas de artritismo. Comida crua evita o escorbuto, afasta os parasitas intestinais e cura as úlceras do estômago. A água da cozedura da batata é boa para as queimaduras da pele, gretas e furúnculos. Cataplasmas de batata crua, ou simplesmente cortada às rodelas, aliviam extraordinariamente as dores de cabeça e enxaquecas e diminuem os inchaços. Finalmente, o suco cru está indicado para gastrites, úlceras gástricas e duodenais, dispepsias, litíase biliar e prisão do ventre.
Brown Eyes
Montanha