Pretende-se,neste blog, não só evidenciar a beleza que nos rodeia como, ainda,chamar a atenção para pormenores que, normalmente, passam despercebidos

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pão do Corvo (Níscarro)


O Cepe ou Porcini de Bordéus (Boletus edulis), conhecido no Norte de Portugal por Níscarro, na Síria e no Líbano por o Pão do Corvo, é um fungo silvestre que pode ser encontrado, mais frequentemente, na Europa e na América do Norte. Seu píleo (chapéu) varia de 7 a 30 cm e seu talo de 8 a 25 cm, com até 7 cm de diâmetro. Seu habitat natural são os carvalhos, pinheiros e castanheiros e frutificam no outono, na epóca de chuvas constantes.
Seu sabor é descrito como próximo à nozes e sua textura lisa e cremosa. O Porcini é consumido cru, frito, refogado com manteiga, com massas, sopas e muitos outros pratos. É muito apreciado pelos gourmets. Pode chegar a pesar 1 Kg mas, são  os mais novos os mais apreciados.
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Chapéu dos Frades (Rocas)

Os fungos englobam um enorme conjunto de espécies, muitas delas tradicionalmente recolhidas para a gastronomia. Quase todos os cogumelos formam simbiose com as espécies florestais, resultando daqui uma função ecológica vital para o equilíbrio das florestas. Assim, a recolha dos cogumelos silvestres comestíveis deve ser selectiva e cuidada, sendo importante não danificar as espécies consideradas venenosas, tal como a Amanita muscaria, anteriormente referida. Têm, também,  funções ecológicas importantes.
Nas espécies comestíveis estão os  Macrolepiota Procera ou Lepiota procera, conhecidos por Frades, por se encontrarem quase sempre aos pares, Fradelhos, Cachopos, Rocos ou Rocas, Roques, Tortulhos, Agasalho, Púcaras ou Marifusas. Esta espécie pode atingir grandes dimensões, mais de 30 cm de diâmetro, tem um grande chapéu, geralmente coberto de escamas, pé relativamente esguio e alto exibindo um zebrado característico e um anel duplo (ascendente e descendente). Quando jovem, têm o chapéu esférico já escamoso. Todo ele é de uma cor castanha suave, apresentando o chapéu umas protuberâncias de uma cor ligeiramente mais escura. Dos melhores comestíveis, conhecido um pouco por todo o lado. São facilmente encontrados nas giestas, estevas, nas bordas dos pinhais, nos lameiros, nos soutos, ou mesmo na berma dos caminhos e estradas, no Outono, após as  primeiras chuvas.
Os mais antigos apreciam esta variedade assados na brasa e depois temperados com um fio de azeite e algumas pedras de sal. Pode ser refogado e faz um excelente arroz. Não deve ser lavado, chupa a água ficando muito ensopado,  mas, sim, raspado. Quando se apanha deve-se ter o cuidado de o tirar limpo da terra aconselhando-se, inclusive, a cortar o pé deixando-o na terra.  
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O Pão dos Deuses (Mata-Moscas)

Os cogumelos, fungos, ao longo da História, têm sido utilizados pelo Homem, com diferentes fins, de acordo com as suas propriedades: na alimentação, na medicina, na tinturaria ou em cerimónias religiosas.
No entanto, é na alimentação que os cogumelos são mais utilizados, apreciados e valorizados em todo o mundo. Para além do sabor, aroma e textura agradáveis, os cogumelos possuem propriedades nutricionais, tónicas e medicinais. Foram  considerados como “Pão dos Deuses” pelos Romanos e “Elixir da Vida” pelos Chineses.  Os cogumelos são ricos em proteínas, apresentam um baixo teor de gorduras, um elevado conteúdo de hidratos de carbono e fibras, e teores significativos em vitaminas e minerais.
A actividade de recolha de cogumelos silvestres envolve muitos riscos e perigos para quem tem pouca experiência. Existem muitas espécies semelhantes às comestíveis, que se são tóxicas ou mortais. A única forma de distinguir os cogumelos comestíveis dos tóxicos é através de uma identificação cuidadosa, que requer treino e experiência. Não existem regras gerais para fazer essa distinção e, por isso, as crenças populares, de que os cogumelos tóxicos escurecem objectos de prata ou dentes de alho e que os cogumelos comidos pelos animais são seguros para consumo humano, são falsas.
Este, um Amanita muscaria, conhecido como agário-das-moscas ou mata-moscas é um fungo basidiomiceto, natural de regiões com clima boreal ou temperado do hemisfério norte e possui propriedades psicoativas (age no sistema nervoso central) e alucinógenas (distorcem os sentidos e confundem o cérebro e afetam a concentração, os pensamentos e a comunicação) em humanos. É  responsável por 90% dos casos fatais de envenenamento por fungos. 
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Árvore do Pão (Castanheiro-Vulgar)


Castanheiro-vulgar, castanheiro-comum, reboleiro, nomes pelo qual é conhecido, pertence á família das Fagáceas, da sua-família Castaneoideas e do género Castanea, é uma árvore caducifólia de porte mediano podendo atingir 25 a 30 m de altura, imponente quando adulta e se estiver isolada. Espécie monóica, cada indivíduo apresenta órgãos sexuais dos dois sexos, com floração de Maio a Junho. Ambas as flores encontram-se no extremo dos ramos; as masculinas amarelas estão dispostas em amentilhos compridos e erectos, possuem cerca de 10 a 20 estames; as femininas, reunidas numa cúpula espinhosa verde, encontram-se na base dos amentilhos, possuem entre 7 a 9 estiletes estreitos e brancos e são rodeadas de folhas verdes modificadas (brácteas).
Os seu frutos, aquénios castanho-brilhante (castanhas), agrupam-se em número de 1 a 3, encerrados por cúpula, primeiro verdes, depois castanhas e cobertas de espinhos (o ouriço), que possui 4 valvas lobadas por onde são libertadas as castanhas aquando a maturação entre Outubro e Novembro. Frutifica regularmente após os 20 anos.
Ao povoamento de castanheiros vocacionados para à produção de castanhas, dá-se o nome de “souto manso” enquanto que o povoamento vocacionado para produzir madeira é o “castinçal”.
Desde o Paleolítico que o castanheiro acompanha o Homem e tem para ele uma importância crucial. As tribos pré-romanas chamavam-lhe a árvore do pão, já que o seu fruto, a castanha, era um alimento rico e um importante meio de subsistência para os exércitos em campanha. Foi um dos mais importantes farináceos em muitas regiões, antes da chegada da batata e do milho à Europa. Desde tempos imemoriais que a castanha é um produto de base na alimentação dos homens e dos animais, sendo confeccionada de todas as formas possíveis: crua, cozida, assada, em doces, em sopas, e como guarnição de alguns pratos. Antigamente, quando a produção do ano não era totalmente consumida, a que restava era transformada em “castanha pilada”, seca ao fumo, de forma a poder ser consumida mais tarde. Outro processo de conservar as castanhas é colocá-las em panelas vidradas bem tapadas ou em potes de barro cheios de areia.
Os ouriços e as folhas do castanheiro são aconselháveis para, através de infusão, combater a faringite e até mesmo a caspa do cabelo.
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Careca Voadora (Dente-de-Leão)


Dente-de-leão, nome vulgar de várias espécies pertencentes ao género botânico Taraxacum, das quais a mais disseminada é a Taraxacum officinale. É uma planta medicinal herbácea conhecida em Portugal por quartilho, taráxaco, amor-dos-homens e pelas crianças por  o-teu-pai-é-careca? Um jogo infantil que supostamente mostra se o pai de outra criança, a quem se faz a pergunta, será careca ou não, depois de soprar os frutos desta planta que, ao serem levados pelo vento, deixam uma base semelhante a uma cabeça careca.
Planta da família das compostas, tem inflorescências amarelo-brilhantes ou mesmo brancas. Tem um alto potencial biótico devido à facilidade com que suas sementes se disseminam: com a forma de pequenos pára-quedas, são facilmente levadas pelo vento.
A planta inteira é usada como diurético, purificador do sangue, laxativo e para facilitar a digestão e estimular o apetite; pode também ser utilizado em casos de obstipação. Contribui para aumentar a produção de bílis sendo, por isso,  adequado para os problemas de fígado e vesícula biliar. A raiz é indicada para reumatismo. Faz-se óleo de massagem, também para artrite.
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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Beleza Fatal (Figueira do Diabo)

Figueira do diabo, erva do diabo, figueira do inferno, trompeta de anjo, bufareira, castanheiro do diabo, erva dos bruxos ou, ainda, erva dos mágicos, são alguns dos nomes como é conhecida. O seu nome científico é  datura stramonium, da família das solanaceae, com flores erectas, com a corola branca ou levemente azulada (6 a 10 cm de comprimento), de lóbulos curtos, repentinamente acuminados, folhas com pecíolo, ovado-acuminadas, sinuado-dentadas,  planta de 2 a 100 cm, grossa, ramoso-dicotómica, verde, glabra, virosa (venenosa). É muito tóxica quer para os animais quer para o homem, provocando sonolência, alterações da visão, espasmos, alucinações, depressão neurológica, coma, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e óbito. Espontânea, em quase todo o país, é originária da América do Sul tropical.
Foi utilizada intensamente pelos povos primitivos em rituais místicos e religiosos, para fins medicinais (anti-espasmódica, antiasmática, antireumática, antitússico, insecticida,  midriática e  sedativa) e para fins criminais. Os efeitos alucinógenos provocam visões e sensações tidas como formas de comunicar com os deuses. Na região de Bogotá as viúvas e escravos dos guerreiros mortos recebiam uma bebida com extractos destas plantas entrando em estado de torpor e, assim, eram enterrados vivos com os seus senhores. 

Esta planta está classificada como tóxica, altamente perigosa, na sua totalidade, sendo causadora da morte de algumas crianças, ao ingerirem as suas sementes. 

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Habitante das Cavernas (A Carriça)

 Foto nocturna da Carriça com dois dos seus filhotes

A carriça, Troglodytes troglodytes, nome científico que significa habitante das cavernas, devido ao seu hábito de entrar em cavidades e fendas para caçar artrópodes (animais invertebrados) ou para pernoitar, conhecida, ainda, por carriço,  escondrigueira ou escondrijeira, carricinha ou carricinha-das-moitas, é uma ave passeriforme (ordem da classe das aves) de reduzidas dimensões (cerca de 10 cm) que se alimenta de insectos  possuindo  uma voz sonora e melodiosa, desproporcionada ao seu tamanho.  Comum em toda a Europa, estendendo-se na Ásia desde o norte do Irão e Afeganistão até ao Japão e América do Norte. É migratória, apenas nas áreas mais a norte da sua distribuição, muito activa, de cor castanha  na parte superior, listra superciliar clara, dorso e asas listrados, cauda pequena e arrebitada. Não apresenta grande dimorfismo sexual. Nidifica de Maio a Julho. Faz um ninho, grande e abobado, em qualquer tipo de cavidade e  põe de 5 a 7 ovos, incubados pela fêmea, que eclodem em duas semanas, demorando, os filhotes, o dobro do tempo a abandonar o ninho.  Os Pais dão-lhes de comer  mais de 1217 vezes, em dois terços do dia.
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quinta-feira, 15 de julho de 2010

As Sâmaras do Mito (O Freixo)

O freixo (Fraxinus excelsior), hermafrodita,  da família das Oleáceas, uma árvore de solos frescos e profundos, de porte médio, cerca de 25 metros de altura, de folha caduca que vive até 250 anos. A casca adquire (com a idade) sulcos profundos, verticais e é castanha-escura acinzentada. As folhas são verdes e utilizadas como alimento para o gado. As flores, que não têm cálice nem corola, são em cachos, pendentes. Os frutos são sâmaras (pequenas sementes envolvidas por uma pele semelhante a uma folha em forma de asa, com 5 cm , o que favorece o arrastamento pelo vento).
Com as suas extensas raízes, contribuem para segurar o solo, evitando a erosão; característica que é muito útil nas regiões onde há quedas de neve, frequentes, e consequentes degelos.
A madeira é flexível, dura, densa, pesada, porosa, de som estridente. Em países onde é comum, é  usada como lenha, arde relativamente bem, mesmo quando está verde. Devido à sua alta flexibilidade e resistência (não parte facilmente), é usada tradicionalmente para cabos de ferramentas, raquetes de ténis, tacos de bilhar e sinuca. É também usada em instrumentos musicais, principalmente guitarras e revestimento de móveis de escritório.
Muitas espécies de freixos segregam uma seiva açucarada que os gregos chamavam de méli, "mel", como designam o mel de abelhas. Ambos os tipos de mel eram considerados, por eles, como manifestação da ambrósia dos deuses (o manjar dos deuses do Olimpo vedado aos mortais, tão  poderoso que se um mortal o comesse ficaria imortal e sentiria uma felicidade extrema), caída dos céus.
As suas folhas,  utilizadas em chá são  diuréticas, curam a gota e o reumatismo, combatem a obstipação e o colesterol. A casca faz baixar a febre e auxilia a cicatrização de feridas.

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Maga Encantadora (Vinca Minor)

A Vinca, neste caso Vinca Minor ou Pervinca (há várias espécies entre elas: Vinca Minor, Vinca Difformis, Vinca Major e Vinca herbacea), gênero de ervas lenhosas da família das apocianáceas, que forma vastos tapetes perenemente verdes de onde surgem, a partir de Fevereiro, curtos ramos que sustentam flores solitárias com corolas de um raro azul (a flor dos feiticeiros e dos poetas e, na Idade Média, era utilizada nos filtros de amor).
A sua utilização em medicina é também muito antiga: Agrícola, clérigo finlandês que se tornou no pai da língua finlandesa escrita, em 1539, aconselhava-a para o tratamento de anginas e Mattioli, médico e botânico Italiano do Renascimento, em 1554, para as hemorragias nasais. Foi, durante muito tempo, utilizada no tratamento de doenças pulmonares. É um óptimo tónico amargo sendo utilizada no tratamento de anemias vulgares, convalescenças difíceis ou falta de apetite, enxaquecas, dificuldade de concentração, diabetes, hipertensão e vulnerário - substância que cura feridas e chagas.. Presentemente descobriram que a vincamina, alcalóide estraído da Vinca, faz baixar a tensão arterial e dilata os vasos. Das espécies exóticas são extraídas certas substâncias úteis para a luta contra diversas formas de cancro. Uma equipa de investigação da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto verificou que na raiz da Vinca havia uma actividade medicinal interessante que detinha uma molécula chamada serpentina, um alcaloide, que inibe a degradação de um neurotransmissor e que, portanto, poderá ajudar no tratamento da doença de Alzheimer. Segue-se um período de investigação para que a molécula possa ser utilizada como um fármaco eficaz.
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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Andorinha dos Muros (Erva Andorinha)

Quelidónia-maior (Chelidonium majus, rupícola), aruda, celidónia, cedronha, ceredonha, ceruda, cerúdia, erva-andorinha (já que começa a florescer no início da Primavera, mantendo a flor até ao Outono, altura em que as andorinhas migram), erva-leiteira, erva-das-cortadelas, erva-das-verrugas, grande-queidónia, leitaria, quelidónia, quelidónia-maior, planta-betadine, erva-do-mercúrio, são muitos dos nomes pelos quais é conhecida. Da família das papoilas (Papaveraceae), nome científico, que deriva do grego (chelidón) que significa “andorinha”, é uma planta vivaz originária da Europa, Norte de África e da Ásia Ocidental. O seu habitat preferencial situa-se em locais com entulho (espécie ruderal), sobre paredes e muros (espécie rupícola) ou em solos frescos. A sua seiva leitosa, amarelo-alaranjada, lembra a tintura de iodo.
Já era utilizada como erva medicinal pelos médicos gregos, especialmente no tratamento de problemas de pele, vesícula e fígado. Na China era utilizada como relaxante muscular, no tratamento das cataratas e como anti-espasmódico.
A seiva, com alcalóides tóxicos, é perigoso ingeri-la, tanto fresca, como seca.
O seu nome vulgar, "erva-das-verrugas", surge por ser, frequentemente, utilizada, popularmente, para curar estes problemas de pele. É, ainda, utilizada como cicatrizante, devendo-se ter em conta, ao manuseá-la, que é uma planta venenosa de seiva corrosiva.
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terça-feira, 13 de abril de 2010

Brancura Nutriente (A Ameixoeira)

A flor da ameixoeira (cujo fruto é rico em magnésio, sódio e potássio, com propriedades laxativas, recomendável contra afecções de carácter inflamatório, vias urinárias, desobstruente do fígado, depurativa do sangue e desintoxicante do aparelho digestivo),  serve de alimento a uma abelha europeia (apis mellifera), a mais importante agente de polinização, transportando o pólen nos pelos das patas de trás . Uma abelha visita dez flores por minuto, em busca de néctar, faz quarenta voos por dia, tocando 40 mil flores. Recolhe o néctar, com a tromba sugadora, do fundo de cada flor, guarda-o numa bolsa localizada no fundo da garganta e volta à colmeia. Aí o néctar vai passando de abelha em abelha, momento em que se evapora a água que contem e transforma-se em mel. Quando uma abelha encontra um manancial de néctar, costuma chegar à colmeia e proceder a uma dança indicadora,  para as outras obreiras, da distância e do local preciso do mesmo.
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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Beleza Persa (A Ameixoeira dos Jardins)

A ameixoeira-dos-jardins ou abrunheiro-dos-jardins é uma planta da  família das Rosáceas - que se caracteriza pelas flores terem 4/5 pétalas e 4/5 sépalas - que Pissard (jardineiro-chefe do Xá da Pérsia, quem enviou o primeiro exemplar  para o jardim botânico Carrière, em França) criou a partir da variedade cultivada da ameixoeira (Prunus cerasifera).
É uma árvore de folha caduca, de copa arredondada, de tamanho pequeno/médio, podendo atingir os 8 metros de altura. É de crescimento rápido,  pode viver até aos 80 anos, suporta bem a difícil vida urbana, em particular a poluição, doenças e secas, oferecendo-nos uma extraordinária floração branca-rosada (entre finais de Janeiro e Março) e uma distintiva cor de folhas vermelho-acastanhada (que aparecem depois da floração). Os frutos são umas pequenas ameixas (drupas, com um só caroço) escuras, amargas, mas boas para fazer doces e compotas.
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terça-feira, 23 de março de 2010

Nevão Lendário (A Amendoeira)

 
A amendoeira, Prunus dulcis, é uma árvore de folha caduca, família das Rosacease, conhecida desde a antiguidade. Mede entre 4 a 10 metros de altura, possui folhas finas com serrilha e flores brancas ou cor de rosa, que florescem em Fevereiro ou Março e não é uma espécie autóctone.  Originária do extremo oriente e introduzida pelos árabes (quem não conhece a lenda do jovem rei Ibn-Almundim que se apaixonou perdidamente pela princesa nórdica Gilda) é, ainda, uma imagem de marca do Algarve e da região do Douro.
A sua madeira, muito forte, é preferida para construções em contacto com a água (engenhos de moinho e noras) e o seu fruto, a amêndoa, doce ou amarga, é super energética, rica em fósforo, zinco, magnésio, ferro, potássio e cálcio, é utilizado na culinária, doces e salgados, sendo, ainda, a amêndoa doce, consumida regularmente, óptima para o combate às dores e azias do estômago, para resolver problemas hepáticos, infecções intestinais.O seu leite e óleo são magníficos hidratantes e protectores da pele.
O cianeto (ácido prússico, cianídrico e cianureto de potássio), são venenos obtidos da amêndoa amarga (encontrados, também nas sementes da maçã, mamona e pêssego, grãos húmidos de linhaça) que matam por asfixia, devido à habilidade do íon (CN–1) em se combinar com o ferro da hemoglobina, bloqueando a recepção do oxigênio pelo sangue. Estes foram alguns dos gases utilizados por Hitler nas câmaras de gás dos campos de concentração nazistas. Há quem defenda que a mastigação de amêndoas amargas, faz desaparecer rapidamente a bebedeira.
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terça-feira, 16 de março de 2010

Genuína Avaliação (Líquenes e Musgos)

 
Até ao séc. XVIII, líquenes e musgos estiveram reunidos num único grupo, Lichen (planta rastejante). No entanto, apesar de parecerem semelhantes, os líquenes são organismos bastante mais complexos.
O musgo pertence ao grupo das Briófitas (não têm vasos de condução e  tecidos) e são constituídos por caulóides, rizóides e filóides. São plantas Criptógamas (têm órgãos reprodutores escondidos). Vivem em lugares húmidos e muito sombrios e atingem poucos centímetros de altura devido à ausência de vasos de condução de seiva.
Através dos líquenes e musgos é possível a Biomonitorização (avaliação da poluição através de organismos vivos) da qualidade do ar. Alguns destes seres, em contacto com a poluição atmosférica,  não resistem e morrem, outros são completamente indiferentes aos ambientes poluídos.
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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Invulgaridade Portuguesa (Giesta)

A ponta de um ramo de giesta (Cytisus striatus), deficiente. A giesta, nativa de Portugal, é uma planta que pode alcançar de 1 a 3 metros de altura. Tem ramos abundantes, estriados e flexíveis. As folhas são constituídas por três folículos, na base dos ramos, que caiem rapidamente. Tem flores solitárias nas axilas das folhas, com cálice em forma de campânula, cinco pétalas, amarelas ou brancas, de grande tamanho. O fruto é uma vagem coberta de pelos acinzentados e arredondados com 3,5 cm de comprimento. Os ramos, tradicionalmente, são utilizados para a manufactura de vassouras. 
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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Nozes Reais (Noz de Galha)

Noz de galha, galha ou bugalho, forma-se, normalmente sobre ramos e folhas. Desenvolvem-se, em algumas espécies de árvores do género Quercus (carvalhos, sobreiros e azinheiras). Este é de um carvalho, o rei das árvores, em resposta à postura de ovos por pequenas vespas. Estas desenvolvem-se e alimentam-se no seu interior, onde passarão por todas as fases das suas metamorfoses: larva, ninfa e insecto adulto. Os bugalhos constituem um verdadeiro ecossistema em miniatura
Em Portugal, as crianças utilizavam os bugalhos como berlindes ou, construíam  moinhos de água, nas levadas dos lameiros, com que brincavam. Diluídos em vinho e fixados com minerais eram, na Idade Média, um pigmento usado no fabrico de tinta. 
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Intuitivo Umbigo de Vénus (Conchelos)

 
Os Conchelos, da família das Crassuláceas, (umbilicus rupestris) também conhecido por bacelos, orelha-de-monge, chapéu dos telhados, coucelos, cauxilos, inheme de lagartixa e umbigo de Vénus, nome que advém do aspecto singular das folhas, partem todas da base e cujo pecíolo (caule que fica entre a bainha e o limbo ou lâmina das folhas) se prende ao limbo (parte principal da folha) pelo centro da fase inferior. Tem características medicinais (frieiras, feridas, úlceras cutâneas, queimaduras e espirituais) e aguça a intuição.
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

As Bagas da Fidelidade e Longevidade (Frutos da Hera)

Os frutos da hera, uma trepadeira perenifólia, símbolo de fidelidade e longevidade, são pequenas bagas esféricas, tóxicas, que se tornam azuladas na maturidade e que estão presentes na planta de Outubro a Março. Amadurecem em pleno inverno e são um bom recurso alimentar para os pássaros.  
Elaborado para publicação na Fábrica de Letras. Tema: Beleza
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Beleza Flexível (Espuma)

Espuma, constituída por bolhas de gás que se formam na superfície de um líquido quando este é agitado ou movimentado, num rego de água.
Elaborado para publicação na Fábrica de Letras. Tema: Beleza
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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O Fascínio do Líquen (Líquen)

Um  líquen,  simbiose de um organismo formado por um fungo (o micobionte) com uma alga ou cianobactéria (o fotobionte), que se desenvolveu na superfície de uma árvore e  nos recorda as profundezas oceânicas.
Elaborado para publicação na Fábrica de Letras. Tema: Beleza
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domingo, 10 de janeiro de 2010

O Brilho do Tempero (Loureiro)

O brilho das folhas,  com odor característico,  do loureiro, espécie originária do Mediterrâneo, árvore da família botânica das Lauraceae, representada por mais de 2000 espécies, a grande maioria árvores e arbustos. 
Elaborado para Fábrica de Letras. Tema: Beleza
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Oportunidade Singular (Chorão)



A oportunidade que um tronco de chorão, salgueiro-chorão ou salso-chorão (Salix babylonica), uma árvore nativa do norte da China, caducifólia, nos oferece de obter uma imagem singular.
Elaborado para Fábrica de Letras. Tema: Beleza
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